A hipertensão também tem influência da mente

A hipertensão também tem influência da mente

Neurologista Alexandre Ghelman apresenta palestra relacionando pressão alta e estresse. Outras ações também aconteceram no espaço Manancial.

A Cedae Saúde organizou para os colaboradores um evento diferenciado no Dia Mundial da Hipertensão, que acontece sempre em 17 de maio. O encontro aconteceu no espaço Manancial, no prédio sede da CEDAE, e contou com transmissão via Teams para ninguém perder nada. A apresentação, guiada pelo neurologista Alexandre Ghelman, debateu a relação da hipertensão com a saúde mental e os colaboradores ainda puderam aferir a pressão, se consultar com nutricionista e até fazer massagem para relaxar.

A tendência é que eventos como esse se tornem ainda mais comuns. Allan Borges, gerente executivo ESG, responsável pela governança socioambiental da CEDAE, indica que os caminhos que a área de ESG pretende seguir passam pela troca de experiências com os colaboradores e pelo uso do espaço Manancial. “A forma como lidamos com a cidade e com os outros incide diretamente na hipertensão e em doenças mentais. O Manancial quer desenvolver esse processo, de discutir o ambiente a partir dos sujeitos e a saúde coletiva.”

Pensando nessa proposta, o neurologista Alexandre Ghelman guiou sua apresentação indicando a relação da saúde mental com a hipertensão. A doença, normalmente assintomática, apresenta um desequilíbrio no sistema de vasodilatadores e vasoconstritores, aumentando a tensão dos vasos e podendo comprometer a irrigação de sangue nos órgãos.

As causas da hipertensão costumam ser a idade avançada, práticas sedentárias, obesidade, hábito de fumar e consumo excessivo de álcool, além do histórico familiar. Porém, o estresse também tem se mostrado cada vez mais presente em casos da doença. Ele pode causar picos de pressão arterial e, se for cada vez mais frequente na vida do indivíduo, pode prejudicar de vez a saúde do coração, aumentando o risco de ataque cardíaco e até derrame.

Também pode se relacionar ao surgimento de questões mentais como depressão e ansiedade, afetando a longo prazo o bem-estar. Por isso, tomar medidas para controlar a hipertensão acaba sendo benéfico para várias vertentes da vida – entre elas, claro, praticar atividades físicas. “Se exercitar abaixa o estresse, a pressão alta e ajuda, inclusive, na criação de neurônios relacionados à memória”, afirma Alexandre Ghelman. De acordo com o médico, tirar um tempo para você pode ser crucial para a sua saúde. “Dê prioridade a você. Se a gente não se cuidar, não conseguimos cuidar de quem a gente ama.”


Evento também contou com atividades para os colaboradores

Além da palestra, os colaboradores presentes contaram com atendimento com nutricionista, medição de pressão arterial e massagem terapêutica.

“As pessoas têm procurado mais nossos programas com a intenção de se cuidarem. Nosso lema é cuidar da saúde, não da doença”, afirma Ana Cristina Ramos, assistente social da Cedae Saúde.

Muitos só cuidam da saúde após ouvirem bastante sobre o assunto. É o que pensa Melina Macieira, assistente social do RH da CEDAE. “Sabemos que, muitas vezes, cuidamos pouco da saúde e ouvir de um especialista ajuda a nos conscientizar. A Cedae Saúde está sempre alinhada conosco para trazer eventos como esse”, afirma.

Atividades se estenderam para as unidades de Laranjal, Guandu e Lameirão

Os colaboradores das unidades de Lameirão, no Rio de Janeiro, Laranjal, em São Gonçalo, e Guandu, em Nova Iguaçu, também participaram do evento de conscientização do Dia Mundial da Hipertensão. Em Laranjal, a enfermeira Marcela Almeida e a assistente social Ana Cristina Ramos foram responsáveis pela apresentação, que contou com grande participação e resposta do público. Elas buscaram confirmar que o quadro de hipertensão, apesar de irreversível, pode ser bem tratado.

“É de grande importância o acolhimento da medicina preventiva aos colaboradores. Assim, conseguimos trabalhar não só na prevenção, mas também evitar o agravo de doenças já estabelecidas”, afirma Marcela Almeida. A enfermeira da Cedae Saúde também repara no aumento de solicitações de palestras desse tipo, e considera que informação de saúde boa tem que ser compartilhada. “Os colaboradores passam a se cuidar muito mais”, conclui.

Já no Guandu, a apresentação foi liderada pela enfermeira Janayna Miranda e pela nutricionista Kelly Santos, que conduziram um bate-papo bem sincero com os colaboradores. Dos 33 presentes, 12 afirmaram ser hipertensos, mas nem todos seguem com a medicação, mesmo ela sendo necessária para casos assim. Elas reforçaram a importância de atividades físicas para amenização do quadro, além do controle do estresse, fator cada mais complicado diante da rotina cansativa.

Kelly Santos lembrou que a alimentação também pode ser uma grande aliada no combate à hipertensão e apresentou uma lista de alimentos que devem ser evitados, e seus possíveis substitutos. E reafirmou: enquanto o ideal é o consumo de apenas 5 gramas de sal, na verdade o brasileiro consome, em média, 12 gramas.

Para casos de hipertensão arterial, a dupla reforçou o acompanhamento da Cedae Saúde junto aos colaboradores por meio do Programa para diabéticos e hipertensos e do Programa de Reeducação Alimentar, ambos sempre dispostos a buscar o melhor bem-estar para os funcionários da CEDAE.

A intenção da Cedae Saúde é continuar ainda mais alinhada com eventos como esse, trazendo sempre o melhor para os colaboradores.