O Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, 10 de setembro, é voltado à conscientização e ao combate ao estigma e ao tabu que cercam o assunto. A campanha de conscientização chamada Setembro Amarelo, criada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), tem o objetivo de prevenir e reduzir os casos de suicídio.
Definição de suicídio
O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que acredita ser letal. Já o comportamento suicida se caracteriza por pensamentos, planos e a própria tentativa de tirar a vida. É resultado de uma combinação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais.
Pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com associados de todo o país mostrou que 89,2% deles destacaram o agravamento de quadros psiquiátricos nos pacientes devido à pandemia, o que é um fator muito preocupante quando se fala em suicídio.
Sinais de alerta
O suicídio pode afetar indivíduos de diferentes origens, raças, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Por isso, saber identificar os sinais de alerta é um importante passo para a prevenção. Alguns sinais de alerta são:
- O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante, pelo menos, duas semanas;
- Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança;
- Expressão de ideias ou de intenções suicidas;
- Isolamento.
Outros fatores
Existem ainda outros fatores que podem deixar o indivíduo em situação de vulnerabilidade, como: perda de emprego, crises políticas e econômicas, bullying, discriminação, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, término de relacionamentos, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes.
Como agir com alguém com possíveis tendências suicidas?
- Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar com essa pessoa. Mostre que você está disponível para ouvir, com a mente aberta e oferecendo apoio;
- Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la;
- Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa;
- Se a pessoa com quem você está preocupado vive com você, assegure-se de que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte em casa (pesticidas, armas de fogo ou medicamentos etc.);
- Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
A ajuda pode vir de um amigo, parente, colega de trabalho ou escola, professores, alguém que está próximo a quem precisa, ou até de entidades como o Centro de valorização da Vida (CVV), que presta atendimento voluntário, gratuito e sigiloso 24 horas todos os dias às pessoas que querem e precisam conversar por telefone (através do número 188), e-mail, chat e pessoalmente. Uma sociedade consciente e engajada na defesa pela vida faz a diferença no combate ao suicídio.
Fontes: Ministério da Saúde, CVV e ABP.