Hipertensão arterial: prevenir é o melhor remédio

Hipertensão arterial: prevenir é o melhor remédio

Palestras na sede da CEDAE trazem especialistas para conscientizar os colaboradores e gerar mais qualidade de vida

Ela é comum e silenciosa. Ataca adultos, idosos e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), adolescentes e até crianças. Em 2019, o Datasus relatou mais de um milhão de óbitos no Brasil, sendo aproximadamente 30% de doenças cardiovasculares e, dentre essas, 35% eram de hipertensos. A importância do assunto foi motivo para o evento realizado pela Cedae Saúde, Cuide bem do seu coração, que contou com palestras no dia 17 de maio – Dia Mundial de Combate à Hipertensão Arterial – para colaboradores da CEDAE, PRECE e Cedae Saúde.

Os 100 colaboradores que estiveram presentes no Espaço Manancial, na CEDAE, mais 95 pessoas que assistiram on-line, tiveram a oportunidade de acompanhar os palestrantes Dr. Alexandre Ghelman, médico neurologista, Dr. Welmer Carneiro, médico especialista em Saúde Ocupacional e Higiene Industrial, e Pâmela Farias, nutricionista especializada em Medicina Preventiva, falarem sobre causas e formas de prevenção da hipertensão arterial.

“A hipertensão é uma doença silenciosa, por isso o perigo. Existem pessoas que caem numa armadilha de só tomarem remédio quando sentem alguma coisa, então esse é o primeiro problema. É uma doença que tem várias causas, mas também é causa de outras doenças e aumenta o risco para infarto. A pessoa não deve esperar ter os sintomas. A medição regular da pressão é fundamental”, afirma o Dr. Alexandre Ghelman. O neurocirurgião também apontou a obesidade, o sal em excesso, cigarro, álcool, sedentarismo e estresse como fatores de risco. Para a nutricionista Pâmela Farias, os anos de pandemia atrapalharam a alimentação de muitas pessoas. “Foi algo atípico que aconteceu. As pessoas não saíam de casa, pediam muitos lanches. Muita gente teve ganho de peso. Agora é tentar retomar a boa alimentação. Evitar refrigerantes, alimentos industrializados, comer mais o que é natural. A gente costuma dizer que é desembalar menos e descascar mais”, fala.

Dr. Welmer Carneiro destacou a importância do evento. Para ele, a informação de saúde, vinda diretamente de profissionais, gera mais credibilidade e confiança para o público. Ainda segundo o médico, a saúde ocupacional é aliada na prevenção. “A saúde ocupacional vê a situação de risco da doença antes de acontecer, ou acontecendo ainda no início. Assim, conseguimos frear o processo. As pessoas confundem prevenção de saúde com promoção de saúde. A prevenção é um stop: eu estou parando alguma coisa que pode acontecer. A promoção é um start: início alguma coisa para aquilo acontecer”, explica.

Durante as palestras, todos os especialistas foram unânimes: atividades físicas, boa alimentação e prevenção geram a melhoria da qualidade de vida e combatem a hipertensão e outras doenças. Dados trazidos pelo Dr. Welmer informam que, antes da pandemia, os brasileiros, na década de 90, caminhavam dez mil passos por dia. Antes da pandemia, entre 2018 e 2019, já estava em dois mil passos por dia. A assistente social da CEDAE, Jessica de Jesus Kos, que é hipertensa e participou da palestra presencialmente, achou muito interessante o evento. “As palestras relacionaram justamente a questão da prevenção para o não agravamento das doenças. Estou tentando ter uma alimentação adequada e fazer atividade física”, diz.

O colaborador Antônio Adolpho Pereira, economista da CEDAE, salientou a autopreservação do cuidado que foi debatida durante as palestras. “Na verdade, a gente tem de ser um pouco mais responsáveis por nossos atos e atitudes, ter a nossa prevenção e promover a nossa saúde. Eu costumo dizer que o melhor plano de saúde é você não precisar ir ao hospital, justamente por você ter hábitos saudáveis. E isso foi o grande segredo que os palestrantes abordaram aqui.” – destaca.

O médico Eric Frederik, Superintendente Técnico da Cedae Saúde, que também foi o mediador do evento, destacou que as palestras tiveram o objetivo de conscientizar os colaboradores sobre a prevenção, levar qualidade de vida e saúde. “Foi importante levantar as questões do tratamento e a prevenção da hipertensão arterial, uma doença extremamente prevalente na nossa população. Nada melhor do que prevenir, como diz a velha máxima: é melhor prevenir do que remediar. A prevenção interfere na qualidade de vida e longevidade. Conseguimos unir o Dia Mundial para Combate à Hipertensão com o evento, que serviu para a conscientização dos colaboradores”, conclui.