Novembro Azul. Uma luta a favor da saúde dos homens.

Novembro Azul. Uma luta a favor da saúde dos homens.

Novembro Azul é o movimento internacional criado em 2003 para conscientizar os homens, no mundo todo, sobre o câncer de próstata e a importância do diagnóstico precoce. O mês foi escolhido por causa do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata celebrado em 17 de novembro.

É um mês para incentivar os homens a praticar o autocuidado e o cuidado integral com a saúde, considerando a prevenção das doenças masculinas. 

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum.

O que é a próstata?

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

O que é o câncer de próstata?

Considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, o câncer de próstata pode evoluir de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo ser fatal. A maioria dos tumores cresce de forma lenta, não chegando a dar sinais.

Detecção precoce

A detecção precoce do câncer é vital, já que quando um tumor é descoberto numa fase inicial, as chances de tratamento bem-sucedido e de cura são maiores.

A detecção pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

Fatores de risco

O principal fator de risco é a idade, já que casos e vítimas aumentam significativamente após os 50 anos. 

  • Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias. 
  • Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado. 
  • Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata 

Sinais e sintomas

Na fase inicial, muitos pacientes não apresentam sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal. 

Diagnóstico

Para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer, deve-se investigar sinais e sintomas como:

  • Dificuldade de urinar 
  • Diminuição do jato de urina 
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite 
  • Sangue na urina 

O diagnóstico é feito através da biópsia prostática por via trans-retal ou trans-perineal e guiada por ultrassonografia e/ou ressonância magnética.

A indicação de biópsia depende do toque retal e valores de PSA.

Tratamento

Para o câncer de próstata localmente avançado, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Fonte: Ministério da Saúde