Estamos no Outubro Rosa, mês que traz um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado na década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. No Brasil, a data foi instituída pela Lei nº 13.733/2018.
O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células da mama, formando um tumor. A doença não tem somente uma causa e a idade é um dos mais importantes fatores de risco (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outras causas que aumentam o risco são: fatores ambientais e comportamentais, história reprodutiva e hormonal, fatores genéticos e hereditários.
Prevenção
Aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
- Praticar atividade física;
- Alimentar-se de forma saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Amamentar;
- Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.
Sintomas
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo (caroço) fixo e geralmente indolor;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
- Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
Diagnóstico
Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para isso, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados (mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética). Porém a confirmação diagnóstica só é feita por meio da biópsia, que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.
Tratamento
Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama. Hoje existe mais conhecimento sobre as formas de apresentação da doença. O tratamento depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Estatísticas
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminina ocupa a primeira posição mais frequente em todas as regiões brasileiras. Para o Brasil, estimam-se 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022. Esse número corresponde a um risco estimado de 61,61 novos casos a cada 100 mil mulheres. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde.
Porém com autoconhecimento e uma rotina saudável, que inclua autocuidado e consultas médicas, é possível detectar e tratar a doença de forma precoce e segura. Faça seus exames preventivos com frequência e notifique seu médico caso perceba algum desses sintomas. A causa é de todos e a Cedae Saúde abraça o Outubro Rosa de peito aberto.
Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)