Quem semeia prevenção colhe saúde

Quem semeia prevenção colhe saúde

Outubro Rosa é uma campanha de conscientização criada nos anos 90 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, nos Estados Unidos, que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, sobre o câncer do colo do útero.

Nesse período, foi realizada a primeira Corrida pela Cura, onde os participantes receberam um laço rosa, que simboliza a luta contra a doença.

Depois de alguns anos, o congresso nacional dos EUA determinou outubro como o mês nacional da prevenção do câncer de mama. Esse movimento foi abraçado por vários outros países e é assim até hoje.

 

CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.

O câncer de mama não possui sintomas no estágio inicial, por isso o autoexame mensal e a mamografia anual são duas ações essenciais!

O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

O câncer de mama é a segunda maior causa de mortes das mulheres em todo o planeta.

É importante lembrar que a mamografia é necessária a partir dos 50 anos, devendo ser feita todos os anos, pelo menos até os 69 anos. Por meio desse exame, é possível visualizar o interior da mama e identificar nódulos com até 1 centímetro em seu estágio inicial.

 

FATORES DE RISCO

Os fatores que aumentam o risco da doença são:

  • Primeira menstruação antes de 12 anos
  • Não ter tido filhos
  • Primeira gravidez após os 30 anos
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
  • História familiar de câncer de ovário
  • Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos
  • História familiar de câncer de mama em homens
  • Alteração genética específica
  • Obesidade e sobrepeso
  • Inatividade física
  • Consumo de bebida alcoólica
  • Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, raios X, mamografia etc.)
  • Tabagismo (há evidências sugestivas de aumento de risco)

ATENÇÃO: A mulher que possui um ou mais fatores genéticos/hereditários apresenta risco elevado de desenvolver câncer de mama. Apenas 5 a 10 % dos casos da doença estão relacionados a esses fatores, porém a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.

 

COMO PREVENIR

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

  • Praticar atividade física
  • Manter o peso corporal adequado
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
  • Amamentar seu bebê

Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer.

Não fumar e evitar o tabagismo passivo (quando se inala fumaça proveniente de um fumante) são medidas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama.

 

SINAIS E SINTOMAS

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:

  • Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
  • Alterações no bico do peito (mamilo)
  • Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
  • Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar logo os serviços de saúde para avaliação diagnóstica.

A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.

 

DETECÇÃO PRECOCE

Rastreamento mamográfico.
Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas.

Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco e definição da conduta a ser adotada.
A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos.

Benefícios:

  • Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.
  • Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.
  • 95% de cura quando o câncer é detectado precocemente.

 

DIAGNÓSTICO

Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.

A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.

 

TRATAMENTO

Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis.

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia-alvo).

Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:

  • Tratamento local: cirurgia e radioterapia
  • Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia

Desta forma, no Outubro Rosa é importante que a mulher procure fazer um check-up, incluindo, além dos exames relativos às mamas, mas em conjunto o preventivo ginecológico (o exame Papanicolau, que vem a ser a coleta de células do colo uterino via vaginal) e os exames que pesquisam as doenças cardiovasculares (como o eletrocardiograma e o ultrassom do coração e dos vasos sanguíneos correlacionados).

 

Fonte: Área Médica – Cedae Saúde.