CEDAE promove debate sobre o papel e a importância das mulheres na gestão da água

CEDAE promove debate sobre o papel e a importância das mulheres na gestão da água

Evento ocorreu na sede da empresa

Os desafios enfretados pelas mulheres no dia a dia na gestão da água, em casa e nas diversas comunidades do Rio de Janeiro, foram destaque no encontro “Mulheres & Infraestrutura – O que dizem as mulheres quando o assunto é água?”, realizado no Espaço Manancial, no dia 30 de maio. A iniciativa fez parte da série de atividades, dentro da pauta de ESG, que a CEDAE vem promovendo entre colaboradores e convidados de diferentes instituições. Para falar sobre o tema, estiveram presentes Camila Fernandes, professora do departamento de Antropologia da UFBA, Elisa Silva, gerente do Sistema Imunana-Laranjal, e Mayná Coutinho, engenheira ambiental da CEDAE. Os convidados também tiveram a oportunidade de visitar a Feira de produtos do projeto Mulheres Artesãs do Estácio.

“Esse encontro é uma grande oportunidade para tratarmos questões relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ligados ao Pacto Global da ONU, aqui no nosso Centro de Inovação Socioambiental. E penso que trazer uma reflexão com o olhar da mulher proporciona uma visão mais ampla. Esse debate contribui também com nosso propósito de abastecer com água potável toda a sociedade”, afirma Aguinaldo Ballon, Diretor-Presidente da CEDAE, na abertura do evento.

“Fico muito grata de estar aqui presente e contar um pouco sobre o estudo que realizei. Água conecta a vida íntima da população à vida pública e política da cidade, e as mulheres estão na linha de frente nesse contexto. É verdade que existem problemas históricos de falta de acesso adequado às comunidades mais pobres, mas estamos aqui para pensarmos em soluções juntos”, acredita Camila Fernandes, autora do estudo “Cuidar do Outro. Cuidar da água: gênero e raça na produção da cidade”, feito com moradoras do Morro da Mineira e do São Carlos. Na pesquisa, a professora abordou práticas e cuidados de infraestrutura urbana e as necessidades diárias das moradoras das comunidades.

Em sua fala, Mayná Coutinho destacou que o compromisso da CEDAE de universalizar o acesso e saneamento de água até 2033 está também alinhado ao ODS 1 (Erradicação da Pobreza), ODS 5 (Igualdade de Gênero) e ODS 6 (Água Potável e Saneamento). “Tratamos as mulheres como público fundamental, pois muitas também são chefes de família. É importante ter uma escuta ativa nesse sentido. Elas devem estar também em posições de gestão para trazerem uma visão ainda mais inclusiva e plural ao debate.”

Como gerente, Elisa Silva contou que é um desafio constante, mas gratificante. “Fiz engenharia para buscar soluções. Acredito que temos poder para realizar sempre mais em nossas comunidades, sem precisar esperar pelos setores públicos. A história da nossa cidade permeia a história do planejamento urbano. Muita coisa mudou ao longo dessa trajetória e podemos evoluir e mudar juntos para oferecer acesso adequado a toda a população.”

No fechamento do encontro, Mayná citou projetos como a iniciativa socioambiental Replantando Vidas, que aproximam a CEDAE das comunidades no entorno de suas instalações. “Buscamos sempre promover o diálogo entre comunidades e instituições. Além disso, temos também nosso Centro de Visitação Ambiental, no edifício-sede, para receber alunos de escolas de diferentes faixas etárias para aprenderem sobre conscientização ambiental. Não por acaso, temos hoje aqui representantes do projeto Mulheres Artesãs do Estácio. Esperamos poder, cada vez mais, enriquecer essa troca e investir no desenvolvimento local.”