Hanseníase: uma dor que tem cura

Hanseníase: uma dor que tem cura

Campanha chega para reforçar os cuidados contra a doença.

Além dos cuidados com a saúde mental da campanha Janeiro Branco, este mês, também é celebrado o Janeiro Roxo, voltado para a prevenção à hanseníase. Conhecida como lepra, é uma das doenças mais antigas do mundo, que se caracteriza por manchas na pele e pelo preconceito da sociedade com quem carrega a condição. Cerca de 30 mil casos são reportados todos os anos no Brasil, e muitos pacientes sequer sabem que estão infectados.

Acontece que a hanseníase também é uma doença silenciosa. Apenas cerca de 5% das pessoas infectadas adoecem, e o tempo de incubação da bactéria (chamada de Mycobacterium leprae) é bastante longo, variando de 3 a 5 anos. Já a transmissão acontece pelo aparelho respiratório superior, através de gotículas e secreções nasais, como de tosse e espirro.

Um dos principais sintomas da hanseníase são as manchas vermelhas e brancas pela pele, geralmente com perda de sensibilidade. Além disso, o Ministério da Saúde também indica os seguintes sintomas:

–  sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades;
–  áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da
secreção de suor;
–  caroços e placas em qualquer local do corpo;
–  diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).

Além dos sintomas, o Janeiro Roxo ajuda a divulgar o mais importante: a hanseníase tem cura. O tratamento é feito através de medicamentos por via oral, e quanto mais rápido for o diagnóstico, melhor e mais rápido será o resultado. Para se prevenir, também é indicada a aplicação da vacina BCG e a realização do exame dermato-neurológico, para pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença. Em caso de um dos sintomas, consulte seu médico de confiança.